O número de mortos no
terremoto de magnitude 6,2 que atingiu as cidades centrais de Amatrice, Pescara
del Tronto e Accumoli, na Itália, nesta quarta-feira (24), subiu para 38.
Segundo o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, "metade da cidade não existe
mais", caracterizando o ocorrido como uma "tragédia.
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Equipes de resgate Itália ainda
tentam resgatar centenas de pessoas presas nos escombros, uma vez que prédios
desabaram quando os moradores estavam dormindo. Os socorristas lutavam para
chegar ao centro da cidade por causa dos escombros nas ruas. O tremor ocorreu
às 3h36 (pelo horário local) e foi sentido na maior parte da região central do
país, inclusive na capital, Roma.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estima
que o terremoto teve magnitude 6,2 e que seu epicentro foi em Norcia, cerca de
170 quilômetros a nordeste de Roma. Já o Centro Sismológico Europeu do
Mediterrâneo calculou a magnitude do tremor em 6,1.
Immacolata Postiglione, chefe dos serviços de emergência da Agência de
Proteção Civil da Itália, confirmou o número de mortos, dizendo a repórteres em
Roma que "existem pessoas ainda sob os escombros, por isso temos medo de
que esse número possa subir ainda mais".
Autoridades locais disseram que o número de feridos do terremoto é alto
e dezenas de pessoas estão desaparecidas.
O chefe da Agência de Proteção Civil, Fabrizio Curcio, disse que a
gravidade do mais recente terremoto é comparável ao que atingiu a região de
Áquila em 2009, matando mais de 300 pessoas. No entanto, as cidades envolvidas
neste terremoto de quarta-feira são muito menores do que Áquila. A cidade de
Accumoli tem cerca de 700 pessoas.
Trabalhadores humanitários estão levando comida e suprimentos básicos
para as cidades mais atingidas. Moradores de Amatrice, uma pequena cidade de
cerca de 2.600 pessoas, ficaram amontoados no centro da cidade, envolto em
cobertores e aguardando notícias de sobreviventes.
Em uma entrevista, Guido Castelli, prefeito de Ascoli Piceno, disse que
10 pessoas foram confirmadas mortas em Pescara del Tronto e outras duas
vítimas, incluindo uma jovem, em cidades menores nas proximidades. Os esforços
de resgate em Pescara del Tronto estão complicados, uma vez que pontes foram
destruídas.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse em um tweet que o
governo estava em contato com a Agência de Proteção Civil. O presidente
italiano, Sergio Mattarella, estava retornando a Roma de Palermo para ajudar a
supervisionar a operação de resgate.
Renzi afirmou que a prioridade para os próximos dias é resgatar os
sobreviventes. Em breves palavras, o premiê da Itália agradeceu as equipes de
resgate que têm cavado os escombros, alguns com as próprias mãos, para
chegar a moradores esmagados por suas casas. Ele anunciou que está a caminho
das regiões afetadas.