Foram
identificados os suspeitos de envolvimento na morte do operário terceirizado da Petrobras Henrique
Dantas, de 24 anos, durante um assalto na noite de
terça-feira, 12. O caso aconteceu por volta de 19h, quando a vítima finalizava
o serviço na Sonda de Produção Terrestre (SPT-82), em Mata de São João.
Segundo
informações da Polícia Civil, os autores do crime são dois homens e uma
adolescente, que só terão os nomes revelados após serem localizados. Na manhã desta
quinta-feira, 14, o delegado Euvaldo Costa, titular da delegacia do município,
deu entrada em dois pedidos de prisão preventiva e um de apreensão pelo crime
de latrocínio.
Na
noite desta terça, 13, a polícia localizaou a residência de um dos suspeitos.
No local, havia dezenas de objetos roubados, inclusive um rifle Puma, calibre
38, e munições. A polícia tinha informações de que eles estariam no local, mas
fugiram antes.
Outras
vítimas e testemunhas do caso, além da mulher de um dos suspeitos, já foram
ouvidas na delegacia. Segundo o delegado, os suspeitos são traficantes de
drogas e praticam roubos a fazendas e ao pedágio da rodovia.
O caso
Os
suspeito invadiram o local onde a sonda fica, na Fazenda Paraíso, e anunciaram
o assalto. Havia muito barulho por causa do equipamento e, por isso, alguns
trabalhadores não perceberam a ação criminosa, segundo Radiovaldo Costa,
diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba).
"Um
deles, que estava armado, subiu em um dos caminhões. Quando Henrique veio para
trocar o turno - na direção do caminhão -, não percebeu o que acontecia no
local e acabou levando o tiro", explicou Radiovaldo.
Henrique
foi atingido com um tiro cabeça e chegou a ser socorrido por colegas para o
Hospital Municipal de Pojuca (a 10 quilômetros de Mata de São João), mas não
resistiu. O corpo da vítima foi encaminhado para perícia no Instituto Médico
Legal (IML), em Salvador.
Após
o crime, o trio entrou em discusão por conta da morte do trabalhador. Na fuga,
eles levaram o carro de uma empresa de transporte, também terceirizada, além de
pertences dos trabalhadores.
Henrique
Dantas morava em Catu e trabalhava na Empresa Brasileira de Perfurações
(Perbrás) há cerca de 3 anos. Ele era casado e não tinha filhos. O sepultamento
será no Cemintério Municipal de Catu. A data não foi divulgada.