Na
quarta-feira (23) a Justiça da Espanha recebeu a acusação formal por parte do
fundo de investimento DIS contra Neymar, a família do craque e dirigentes
de Santos e Barcelona. O processo, que havia sido arquivado, foi
reaberto porque a promotoria entende que houveram crimes de fraude e corrupção
entre os envolvidos.
O DIS pede que o camisa 10 da Seleção seja condenado a cinco anos
de prisão e fique impossibilitado de jogar futebol durante esse período. Já a
promotoria requisitou dois anos de prisão e € 10 milhões (R$ 35,9 milhões)
de multa para o atacante brasileiro.
Além disso, o fundo de investimento quer uma indenização
entre € 159 e € 195 milhões (R$ 571 a R$ 700,3 milhões) por conta da
transferência do jogador para o futebol espanhol em 2013. Os dirigentes do
Barcelona também estão na mira da DIS, que pede oito anos de prisão para o
atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, e seu antecessor no cargo,
Sandro Rosell.
A disputa judicial, entretanto, não envolve apenas a DIS contra a
família de Neymar e o Barcelona. Além do fundo de investimento, que
detinha 40% dos direitos do jogador à época da transferência, a promotoria da
Audiência Nacional (o equivalente ao Supremo Tribunal da Espanha) também pediu
a condenação tanto do craque brasileiro quanto dos cartolas catalães. A pena,
entretanto, é menor em ambos os casos: no caso de Neymar e seu pai, dois anos;
de Bartomeu e Rosell, cinco.
No início do mês, o juiz José de la Mata aceitou a denúncia
contra Neymar, seu pai e sua mãe, Nadine Gonçalves, pouco mais de um mês
após o Ministério Público da Espanha solicitar a reabertura do caso –
que havia sido arquivado da esfera criminal em julho. A decisão do juiz
espanhol abriu caminho para que o jogador seja levado a júri, e, desde então,
os promotores tinham o prazo de 10 dias para formalizar o pedido de julgamento.