sábado, 8 de março de 2014

Bahia é o terceiro estado do ranking de tráfico de mulheres no Brasil

Foto: Reprodução
Apenas os estados do Recife e do Rio de Janeiro estão à frente da Bahia no ranking de tráfico de mulheres no Brasil. A informação é da coordenadora do Núcleo de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas da Bahia e que integra a CPI do tráfico de mulheres da Assembleia Legislativa, a advogada Regina Machado. 

Regina Machado informou que na Bahia, oito cidades estão incluídas na rota do tráfico de mulheres, entre elas, Camaçari, Mata de São de João, Itacaré e o distrito de Morro de São Paulo. Ela lembra que as cidades turísticas tem maior incidência para esse tipo de crime, mas afirma que Feira de Santana também está na rota, por ser um caminho por onde essas mulheres saem. “Feira está no trânsito, por ser entroncamento rodoviário”, afirmou.

Neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher, a advogada participou do programa Acorda Cidade, onde apresentou dados sobre uma nova modalidade de tráfico, que começa no Brasil: a chamada rede cegonha. 

Regina Machado explicou que essa modalidade, que trafica mulheres para procriar, foi recém-descoberta. Segundo ela, antes as mulheres eram traficadas para a prostituição. Agora, elas ficam em casas chamadas de ‘Cegonha’, onde têm filhos de várias raças, que podem chegar a valer 10 mil dólares. 

“No Brasil esse crime tem um grande potencial devido às características do nosso povo. Aqui na Bahia, a gente pretende acabar com esse problema de uma vez por todas”, afirmou.

De acordo com a advogada, a maior arma que a população pode ter, é a informação. Ela destaca a importância de campanhas em que o tema é destaque, e citou a Campanha da Fraternidade da igreja católica, que esse ano tem como assunto o tráfico de pessoas. Ela ainda destaca a importância da capacitação das autoridades para lidar com esse tipo de crime.

“Existem denúncias, o que não há é a capacitação das autoridades para apurar os casos. Quando uma família vai informar uma viajem ao exterior de um parente de quem não se tem mais notícias, as autoridades não dão a devida importância”, destacou. 

Regina Machado informou que na Bahia, oito cidades estão incluídas na rota do tráfico de mulheres, entre elas, Camaçari, Mata de São de João, Itacaré e o distrito de Morro de São Paulo. Ela lembra que as cidades turísticas tem maior incidência para esse tipo de crime, mas afirma que Feira de Santana também está na rota, por ser um caminho por onde essas mulheres saem. “Feira está no trânsito, por ser entroncamento rodoviário”, afirmou.

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