quinta-feira, 13 de junho de 2013

Projeto de revitalização para Orla inclui 9 trechos e custo estimado de R$ 111 milhões

A prefeitura de Salvador anunciou nesta quarta-feira (12) o projeto de revitalização da Orla de Salvador. Nove pontos da Orla receberão a intervenção e a obra, estimada em R$ 111 milhões, deve ficar pronta antes da Copa do Mundo, em maio de 2014, segundo o prefeito ACM Neto. Os trechos que receberão reformas serão os seguintes: São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, Barra, Rio Vermelho, Jardim de Alá/Armação, Boca do Rio, Piatã e Itapuã.

O projeto inclui ainda 50 mil m² de novas calçadas, 6 km de ciclovias, 10 km com nova iluminação pública, 16 mil m² de espaço compartilhado, quadras, praças e restaurantes. Na Boca do Rio, as obras já começaram, com a demolição da antiga sede de praia do Bahia. A previsão de entrega deste primeiro trecho é setembro. Na próxima semana, o prefeito assina a ordem de serviço para o início das obras na Ribeira - estas, devem ficar prontas em dezembro.

"São 9 pontos da Orla de Salvador que vão sofrer intervenções, já previstas pela prefeitura. E nosso desejo é concluir este concurso de intervenções até a Copa do Mundo. Então nós temos aí o prazo de um ano para começar e acabar essas obras na Orla de Salvador. Vamos ter que agir de forma concomitante", explicou Neto.

Segundo Neto, o objetivo é revitalizar e padronizar a orla da cidade. Ele falou sobre alguns pontos do projeto. "A Barra vai ser um exemplo de orla para o Brasil", acredita. "Vai passar por uma mudança total, que passa inclusive por uma mudança cultural. Esse piso compartilhado que vai ser implementado na Barra e na Ribeira, dois trechos que tecnicamente comportam o piso compartilhado, ele vai exigir toda uma reestruturação do trânsito, toda uma educação das pessoas, toda uma nova lógica de aproveitamento da Orla de Salvador", disse.

"(A Orla) vai ser devolvida às pessoas. O importante é isso. A gente tá fazendo todo esse projeto para permitir que as pessoas possam andar na orla, possam desfrutar do espaço, do ambiente público da Orla. E vejam que é um projeto que contempla todos os trechos, vai da Orla do Subúrbio até Itapuã".

Sobre os custos da reforma, Neto explicou que a prefeitura buscou parcerias para captar verbas. "Uma parte de recursos, como por exemplo para a Barra, são recursos federais. Nós temos recursos privados alocados nesse conjunto também, como por exemplo as intervenções no Rio Vermelho. E uma outra parte com recursos do Tesouro, que é fruto da venda da folha de pagamentos aos bancos".

Trânsito

O prefeito também falou sobre o impacto no trânsito, especialmente na Barra, que sofrerá mais mudanças com relação às vias. Segundo ele, a prefeitura contratou um estudo específico para entender qual seria esse impacto."Vamos ter uma re-engenharia de todo o trânsito da grande região da Barra, com reflexos na Graça, com reflexos na Vitória, com reflexos em Ondina (...) Pelo contrário, a gente espera melhorar a qualidade do trânsito", diz.

As mudanças no trânsito da Barra foram anunciadas em abril. Nas palavras de Neto, "vamos acabar com o meio-fio. Vai ser tudo uma coisa só". Do Farol até o Barra Center, o trânsito de carros será eliminado e o espaço será exclusivo para os pedestres. Do Farol até o Porto, o trânsito será redesenhado. As linhas de ônibus sem ter a Barra como destino serão retiradas do trecho. A velocidade será limitada a no máximo 20 km/h. No bairro, o investimento será de R$ 50 milhões.



Barracas

Neto disse que a prefeitura não trabalha com o "conceito de barracas" e que serão instalados na Orla equipamentos que estarão integrados às redes de água e esgoto, terão sanitários para a população e que sejam padronizados. Estes equipamentos serão explorados por particulares e nenhum deles ficará na areia. "Não vamos ter nenhum tipo de equipamento fixo na areia da Orla de Salvador", disse. Segundo ele, na areia serão oferecidos "serviços dirigidos à população". "Uma coisa  que já estamos em curso é exatamente o aproveitamento da força de trabalho dos atuais barraqueiros, para que eles sejam parceiros da exploração de uma parte desses equipamentos e desses serviços".

"Claro que todo mundo vai ter que seguir uma mesma linha de padronização. Todo mundo vai ter que estar regularizado. Nós não vamos permitir a favelização da Orla de salvador, como hoje acontece, com estruturas de lona que comprometem o visual, mas toda essa mão de obra procurará ser aproveitada dentro desse novo modelo".

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