Vale invocar
aquela velha máxima sempre repetida quando um novo treinador chega em momento
complicado: “vai ter muito trabalho”. É o que Roger Machado – já acertado com o Bahia, mas ainda não oficializado – deve ter constatado ao ver o
empate de nesta terça-feira, 2, por 1 a 1, com o CRB, pelo jogo de ida da
terceira fase da Copa do Brasil.
Só o atacante Élber se salvou de mais uma atuação sem
brilho do Tricolor, que até pode ficar contente com o resultado. No duelo de
volta, terça que vem, na Fonte Nova, vai precisar de um triunfo simples
para avançar. Até lá, haverá tempo para Roger conhecer o elenco e trabalhar o
time.
Melhora ínfima
No primeiro
tempo, o Bahia mostrou alguma melhora em relação à apatia completa do último
jogo – a derrota para o Sampaio Corrêa, que determinou a eliminação do time da
Copa do Nordeste e a queda do técnico Enderson Moreira. Ainda assim, o nível
seguiu bastante ruim.
As únicas
jogadas boas do time saíam dos pés de Élber. E foi em um belo avanço dele pela
direita que o Tricolor teve sua melhor chance, aos 12 minutos. O cruzamento
chegou ao pé de Gilberto, mas o chute não foi bom o suficiente para superar o
goleiro. Cinco minutos depois, a dobradinha voltou a funcionar, porém, o
artilheiro bateu para fora.
O CRB, que
já tinha chegado com perigo em cabeçada de Felipe Menezes aos 16, marcou aos 21
em um lance infeliz de Moisés. Ele deixou o espaço para Willian Barbio receber
em velocidade e puxou o adversário dentro da área. Zé Carlos converteu o
pênalti.
Élber ainda
tentou de novo aos 28, quando voltou a deixar GiIberto em boa condição,
mas o atacante demorou a finalizar e acabou travado.
E o monólogo
do camisa 7 tricolor teve continuidade na segunda etapa. Aos dois e aos 13
minutos, soltou o pé direito e foi parado pelo goleiro. Continuava insistindo,
buscando as jogadas individuais e contando pouco com a ajuda dos colegas.
Quando teve auxílio, o gol de empate saiu.
Aos 32
minutos, Élber arrancou pela esquerda e achou Moisés na área. Na segunda
tentativa, o lateral conseguiu a assistência para Arthur Caíke, que balançou a
rede.
Animado pelo
gol, Caíke, que estava sumido, quase conseguiu a virada aos 44. Apanhou uma
sobra, mas um desvio no meio do caminho tirou a bola da direção da meta. No
fim, pelo que o Bahia jogou, o empate ficou de bom tamanho.