Foram quatro dias de viagem da comitiva do
presidente Jair Bolsonaro em Israel. Na manhã desta quarta-feira, a agenda de
eventos foi finalizada e a equipe rumou para o Aeroporto Internacional Ben
Gurione, na cidade de Tel Aviv, para retornar ao Brasil. Antes disso, ele
conversou com jornalistas e afirmou que o foco agora será total na reforma da
Previdência.
"Vamos jogar pesado na Previdência, porque é
um marco. Se der tudo certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar",
afirmou Bolsonaro. Apesar da postura, afirmou que o Congresso é
soberano e pode fazer "polimentos" no projeto.
“O deputado,
na ponta da linha, sabe onde calo aperta. A boa Previdência é
a que passa. Quem vai bater o pênalti é Câmara, e depois Senado. Gostaria que
passasse como chegou. Mas não existe projeto que não tem mudança, é coisa rara
de acontecer”, afirmou o presidente.
Com agenda cheia no retorno ao Brasil, Bolsonaro
afirmou que o cansaço da viagem não vai atrapalhar e que está disposto a se
reunir com o presidente da Câmara Rodrigo Maia para
começar as tratativas da aprovação da reforma da Previdência. Além disso,
revelou que deve ter um jantar com João Doria, governador de São Paulo, na
próxima sexta-feira.
"Não quero encrenca com
ninguém"
Outro tema tratado na conversa foi a relação com
os países árabes , que ficou "estremecida" após o
anúncio da criação de um escritório para promoção do comércio,
investimento, tecnologia e inovação em Jerusalém. Segundo Bolsonaro, ele
recebeu convites para visitas e disse que não está "procurando encrenca
com ninguém".
“Todos aqueles que puderem fazer negócios
conosco da minha parte vai ter todo carinho e consideração. Mas tenho que
respeitar o Estado de Israel. Respeito o
povo palestino. Mas não posso concordar com grupos terroristas, pois estaria
contra a minha biografia que combatia esse pessoal da ‘esquerdalha’ desde 70,
quando era garoto. Meu compromisso é com Israel”, finalizou Bolsonaro.