quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Fiquei paralisada’, diz turista de SP que teve 'doença da urina preta' na Bahia


Os moradores de São Paulo Sibely e Robson Rodrigues foram passar as férias na Bahia e voltaram com a "doença da urina preta". Eles chegaram ao estado nordestino no dia 18 de janeiro e ingeriram peixe nos três primeiros dias na Praia do Forte e em Barra do Pojuca. Os filhos, de 7 e 11 anos, também comeram, mas não desenvolveram a doença.

"Primeiro, eu comecei com os sintomas: uma dor muito forte na musculatura na parte de trás da coxa, subiu pela lombar, pelas costas, no pescoço e, enfim, pelos braços. Na sequência eu não me mexia mais. Fiquei paralisada", disse Sibely.

O marido apresentou os sintomas cerca de uma hora depois. Ambos tiveram problemas nos rins e fizeram o xixi preto. "A intensidade da dor é muito forte. Pra você ter uma ideia, eu já tive dengue. E pra mim, foi muito mais forte que a dengue. E a cor da urina era cor de refrigerante Coca-Cola", completou.

Robson teve um grau maior de insuficiência renal, enquanto Sibely apresentou um inchaço no fígado. Eles precisaram de atendimento em um Posto de Saúde e em um hospital da Bahia, na cidade de Lauro de Freitas. Na volta a São Paulo, foram internados no Hospital Paulistano. O tratamento foi à base de muita hidratação.

Doença em investigação

De acordo com o médico Antônio Bandeira, que investiga a doença na Bahia, outros casos foram registrados em janeiro no estado. A Secretaria de Estado da Saúde da Bahia divulgou os dados até o dia 5 de janeiro: 52.

Segundo Bandeira, a causa mais provável é a intoxicação por peixe. Outro especialista, o médico Gúbio Soares, acredita na possibilidade de um vírus - ele analisou o caso de uma mulher que teria desenvolvido os sintomas da doença após entrar em contato com a irmã.

A doença permanece em investigação pelo Ministério da Saúde. Amostras foram enviadas a um laboratório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), nos Estados Unidos, ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.



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