Os cinco
ciganos acusados de matar os gêmeos Silvio Cezar Carvalho Santos e Cezar Silvio
Carvalho Santos, de 45 anos, que foram presos na última sexta-feira (19) por
porte ilegal de arma no município de Simões Filho, região metropolitana de
Salvador, foram soltos pela Justiça na segunda-feira (22).
Com o
grupo, que foi indiciado pela morte dos irmãos e vai responder o processo em
liberdade, foram encontradas onze armas, entre elas algumas de uso exclusivo
das forças armadas, como uma pistola calibre ponto 45 e uma 9 milímetros, além
de escopeta, rifle e armas semiautomáticas. Vasta munição, carregadores,
cartuchos, facões e 16 mil reais. Foram autuados por porte ilegal de arma,
Djalma Alves Lemos, 56 anos, e seu sobrinho, Jairo Cerqueira, 35. Bem como
Lenival dos Santos Gama, 62, e seus dois filhos, Genivaldo dos Santos Gama, 42,
e Iran dos Santos Gama, 29.
Segundo
Abdon Abade ao portal G1, o Ministério Público deu parecer favorável à soltura
dos suspeitos. Eles estavam detidos na 1ª Delegacia e foram soltos após pagarem
uma fiança de 10 salários mínimos cada um. Além disso, a Justiça entendeu que
os suspeitos eram réus primários e sem antecedentes criminais.
Os
ciganos negaram a participação na morte dos gêmeos. O material encontrado foi
apreendido, e a perícia deve apontar se algumas dessas armas foi usada na morte
dos irmãos ou em outras mortes.
O grupo é
investigado ainda pela suspeita de vender armamento. Uma agenda apreendida pela
polícia traz ainda anotações sobre o crime de agiotagem. "Temos uma linha
de investigação definida e com as identificações dos principais suspeitos de
participação nos assassinatos”, afirmou o secretário da Segurança Pública,
Maurício Teles Barbosa, acrescentando que a polícia está empenhada em
esclarecer os crimes e prender os autores.