A
prefeitura não tem do que reclamar em relação à arrecadação com multas de
trânsito. Balanço do primeiro semestre deste ano, divulgado pela Secretaria de
Finanças, mostra que a administração municipal obteve uma receita de R$
672,762 milhões com esses tipos de autuações. Isso significa, que a cada
segundo, a prefeitura arrecadou R$ 42, oriundas de algum tipo de infração de
trânsito.
A
receita dos seis primeiros meses deste ano já é recorde, para o período, e
representa um aumento de 46,18%, quando comparado ao mesmo período do ano
passado. De acordo com a pasta de Finanças, foram arrecadados R$ 460,2 milhões,
entre janeiro e junho, de 2015.
Os dados, embora
estejam fora do ar, para consulta no site http://mobilidadesegura.prefeitura.sp.gov.br/,
podem ser checados nas planilhas de acompanhamento de arrecadação da cidade, no site da Secretaria de
Finanças. Por lei, o dinheiro arrecadado deve ser destinado
para o FMDT (Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito).
E obter esse retorno financeiro é
fácil na metrópole com mais de 8 milhões de veículos e 925 radares de
fiscalização. Outro fator que faz o relógio da prefeitura ser o mais rico do
planeta é uma política de trânsito polêmica adotada pelo prefeito Fernando
Haddad (PT) e Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes: a redução de
velocidade, que teve início em meados de 2015 nas marginais do Pinheiros e do Tietê
e se prolongou para o restante da cidade. As máximas de 70 km/h na maioria
das vias expressas (exceto as marginais que permitiam 90 km/h) foi reduzida
para 50 km/h.
Arrecadação
deve aumentar
A receita com
multas deve ganhar um belo incremento, a partir de novembro deste ano, não só
em São Paulo, mas em todas as prefeituras do país. Isso porque, está
previsto um reajuste no valor de todas as categorias de multas. O decreto foi
publicado em junho, no Diário Oficial da União e entra em vigor no dia 5
de novembro. Os percentuais variam de 53,2% a 66,12% e poderão ser revistos ano
a ano, com base no IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo).
Com a mudança, a
infração leve salta de R$ 53,20 para R$ 88,38. A mais cara, de R$
191,54 para R$ 293,47 — a de embriaguez, por exemplo.
Veja os novos valores de multas:
Infração leve
– De R$ 53,20 para R$ 88,38 (aumento de 66%)
– De R$ 53,20 para R$ 88,38 (aumento de 66%)
Infração média
– De R$ 85,13 para R$ 130,16 (aumento de 52%)
– De R$ 85,13 para R$ 130,16 (aumento de 52%)
Infração grave
– De R$ 127,69 para R$ 195,23 (aumento de 52%)
– De R$ 127,69 para R$ 195,23 (aumento de 52%)
Infração gravíssima
– De R$ 191,54 para R$ 293,47 (aumento de 53%)
– De R$ 191,54 para R$ 293,47 (aumento de 53%)
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