Agência Brasil - O governo federal promove neste sábado (13) o Dia Nacional de
Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. A ideia é mobilizar famílias no
combate ao mosquito transmissor do Zika, que também é vetor da dengue e da
chikungunya. Três milhões de famílias deverão ser visitadas em suas casas, em
350 municípios.
Para isso, a presidenta Dilma Rousseff
determinou o deslocamento de seus ministros a vários estados a fim de
participar ativamente da mobilização, conversando com prefeitos, governadores e
batendo nas portas das casas. Os destinos de alguns membros do primeiro escalão
já foram definidos, como os do titular da Saúde, Marcelo Castro, que seguirá
para Salvador, e do chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, que irá a São
Luís.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira,
irá para Aracaju; a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello, visitará o Recife; o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva,
participará da ação em Maceió, e Ricardo Berzoini, titular da Secretaria de
Governo da Presidência da República, viajará a Manaus.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, por
sua vez, irá a São Paulo. Ele vai se encontrar com o governador do estado,
Geraldo Alckmin, em Campinas. “Estaremos presente nos estados. Acho que a presença
dos ministros é um testemunho do compromisso e do esforço do governo federal
para a contenção do mosquito e dos males que ele causa”, afirmou Rebelo.
As Forças Armadas deslocaram cerca de
220 mil militares para a ação. Eles vão acompanhar os agentes de saúde no
trabalho de conscientização, casa a casa. Foram usados dois critérios para
definir as cidades que serão visitadas na campanha; municípios com a presença
de unidades militares e os com maior incidência do mosquito Aedes aegypit,
conforme dados do Ministério da Saúde.
“A campanha é de mobilização, de
convocar a população a fazer parte do esforço de combate ao mosquito e essa
mobilização terá que ser feita de casa em casa. Nosso propósito é alcançar pelo
menos 3 milhões de domicílios e distribuir pelo menos 4 milhões de folhetos
neste sábado”, acrescentou Aldo Rebelo.
Emergência internacional
No início do mês, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do
aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus Zika. A
situação é preocupante, segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, por
causa de fatores como a ausência de imunidade entre a população, a falta de
vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidom além da
possibilidade de disseminação global da doença.
Transmitido pelo Aedes aegypiti, o
mesmo transmissor da dengue e da chikungunya, o Zika provoca dor de cabeça,
febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e
vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo,
dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação
entre o Zika e a ocorrência de microcefalia.