terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleitores deixam pelas ruas da Bahia mais de 100 toneladas de lixo

Foto: reprodução
Ontem pela manhã, o patriotismo deu lugar a rotina, ou em alguns casos, a falta dela. Estudantes dos colégios emprestados ao Tribunal Regional Eleitoral, para servir como locais de votação viveram um clima de feriado prolongado, sem aula.
O estudante Pedro Lisboa não precisou votar, ele tem apenas 15 anos, por isso, aproveitou o fim de semana prolongado para viajar para o litoral, com os amigos de escola. “Não teria aula para mim na segunda, por isso, eu e meus colegas resolvemos, que, já que não votamos, poderíamos ficar longe da confusão que vira a cidade nesse período, por isso viajamos pra casa de um deles, em Imbassaí. Foi ótimo, merecíamos folgas assim todo mês,” brincou Lisboa.
A alegria de Pedro e de outros estudantes, deve durar pouco. A maioria das instituições cedidas, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desde a última sexta-feira, deve voltar às aulas, hoje, após limpeza e organização das salas.
Quarto maior colégio eleitoral do país, com 569 locais de votação e 1,720 milhão de eleitores, Salvador tem 5250 urnas. Em número de eleitores, só fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A capital baiana concentra mais de 19% dos 9,5 milhões de eleitores do estado. São 4.710 mil seções eleitorais distribuídas na cidade.
Ao lado de Salvador, Feira de Santana, Vitória da conquista, Itabuna e Ilhéus reúnem a maioria do eleitorado baiano. Já a Bahia é o maior estado em número de eleitores da Região Nordeste, com 9,5 milhões de eleitores e 32,5 mil seções eleitorais. A Bahia é o quarto colégio eleitoral do país e representa 7% dos votos nacionais.
Talvez por isso, foi encontrado tanto lixo pelas ruas.
Para o digitador, Jairo César, a poluição e o desperdício deveriam ser evitado através de multas para os candidatos. “Estamos em uma época em que falamos o tempo todo sobre reciclagem e deixar um mundo melhor. Os próprios políticos usam isso nas suas campanhas. Aí eles vêm, e enchem as ruas de santinhos, o chão fica coberto de um papel que vai virar lixo. Se eles tivessem tanto empenho em construir livros, invés de lixo, com esse material, teríamos uma nação diferente. Infelizmente, a realidade é outra, por isso, pra aprender, só doendo no bolso. Da mesma forma que as pessoas levam multas por jogar papel na rua, os políticos deviam receber uma, por tanto papel desperdiçado,” opinou César.
 Para a bancária, Juliana Alves, tanto lixo significa perigo nas estradas. “Estava dirigindo pela Bonocô, quando uma placa solta de um candidato voou em direção do painel do carro, tive que desviar o automóvel e por pouco não bato na mureta e sofro um acidente. É inadmissível que em pleno século 21 ainda seja autorizado esse tipo de mídia. Além de poluir, ainda oferece risco ao eleitor,” disse a bancária. Informações tribuna

0 comentários:

Postar um comentário