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Quem vive no Brasil sabe: se estressar com problemas no celular é a coisa mais normal "do mundo". Mas um estudo realizado pela desenvolvedora de softwares Netbiscuits provou o que já era certo para nós. O relatório separou os dispositivos móveis em três categorias: celulares, smartphones e tablets. E a insatisfação dos brasileiros é a maior do mundo em todas elas.
A empresa levou em conta dado de amostra mundiais, o conhecimento da indústria e análise de especialistas para esta pesquisa, que nos trás à tona questões sobre a qualidade da internet móvel no Brasil. Segundo o relatório, 35% dos usuários brasileiros passam mais de 6 horas conectados à internet móvel, atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos (37%) e da China (53%).
Mas todos que tentam usar o serviço de Internet 3G sabem que podem esperar velocidades extremamente baixas. Somando a baixa qualidade da telefonia brasileira ao preço praticado pelas operadoras - considerado um dos mais caros do mundo - temos o cenário mostrado na pesquisa: a insatisfação do brasileiro com a navegação web pelos dispositivos móveis é a maior do mundo.
Outro dado importante da pesquisa é que, em média, 41% das pessoas dizem que a velocidade é o item mais importante quando o assunto é navegação na web pelos dispositivos móveis. Os brasileiros que também têm essa opinião somam 47%, novamente ficando acima da média mundial. Além disso, 61% das pessoas dizem que, se a velocidade de download fosse maior, a satisfação de navegar pela web por esses aparelhos aumentaria.
A mesma pesquisa também afirmou que, para aumentar a satisfação com os dispositivos móveis, os brasileiros gostariam que os aparelhos tivessem mais funcionalidades similares ao PC. As razões desse resultado são variadas, e podem ser representar uma frustração com a alta difusão de aparelhos de baixo desempenho, que não conseguem realizar plenamente funções simples, como navegar na internet com múltiplas abas abertas e a visualização de vídeos em alta definição.
A difusão desses aparelhos, por outro lado, só é realidade por conta do alto custo de se comprar um dispositivo top de linha no Brasil, que pode passar de 3 salários mínimos, dependendo do modelo. Não é à toa que empresas como Samsung investem em modelos de baixo desempenho: ao saber que seus equipamentos chegarão caros demais em alguns países, acabam produzindo aparelhos "mais em conta". As informações são do TechTudo